CORPO-TERRITÓRIO y ESPAÇO
EXPERIMENTAR NO CORPO-TERRITÓRIO
no período de alguns meses [outubro de 2020 - agosto de 2021] convidei outras corpas a brincar comigo. também brinquei sozinhe. brincadeiras de afeto, de corpo, de identidade, de memória e de território.
essas brincadeiras chamei também de experimentações e experimentos. são propostas/dinâmicas arte-educativas, que investigam territórios psicossociais em relação material com o corpo mesmo e com o espaço que habitamos. essa página é para compartilhar com você um fragmento desses experimentos/brincadeiras. os links estão abaixo.
percebi que ao experimentar no corpo-território essas dinâmicas podemos visualizar atravessamentos das ordens micro e macro (e tudo que há entre), às vezes encantar a paisagem y corpa cotidianas e vibrar corpo em performance. acredito que esse caminho apoia um narrar-se a si: 'posso dizer das minhas experiências, envolvê-las em processos criativos, eu falo por mim'. em oposição ao apagamento e silenciamento - práticas colonizadoras de domínio e violência sobre os corpos-território não padrão - convido a registrar, a traçar memórias e afetos.
de tanto ecoar 'pode o subalterno falar?' (SPIVAK, 2018) na minha cabeça, sem qualquer palavra suficiente para berrar, olhei para o que fala, o que grita, o que urra mas não pode ser ouvido: o corpo-território diante do cistema colonial neoliberal. desejo que esses y outros experimentos sejam um caminho para que nós - corpos-terriório não padrão, em coletividades ou em individualidades - narremos, com ou sem palavras, os mundos que habitamos, os afetos que nos atravessam, as paisagens que nos inserimos y nossas profecias.

